domingo, 22 de abril de 2012

Candela Vetrano: Uma deusa que quer ser ingênua!



Se formou na fábrica Cris Morena e, a contra-mão de seus colegas, não morre por fazer novelas ou ganhar fama com noivados de mídia. Seu fanatismo por Natalia Oreiro e como fez para converter-se em uma ídola infantil.

As garotas que vêm de fábricas teens televisivas podem se tornar em mulheres fatais. Luisana Lopilato, Marcela Kloosterboer, Celeste Cid, María Eugenia "China" Suárez, Rochi Igarzábal, todas meninas reconvertidas em bombas sexys, todas surgidas da inocência dos programas infantis, todas famosas por seus noivados e/ou amores. Candela Vetrano não. Com 20 anos, a garota nascida em Lomas de Zamora transitou por todos os níveis de criança exitosa que curte TV desde pequena. E segue parecendo uma menina. Talvez sua encarnação de Poli Truper, a heroína de SuperTorpe, contribua a esta imagem de eterna menina que dá. E mal não há: protagonizará a Terceira Temporada deste programa para crianças produzido por Disney Channel e por RGB.

Camisa sem mangas cor fluo laranja, pulseira ao tom, brincos multicoloridos enormes, lenço enorme amarrado no pulso, unhas fúcsia, plataformas turquesas e um sorriso enorme que atravessa todo o rosto. A garota, além de colorida, é um tanto tímida. A diferença de seus antecessores, mantém um baixo perfil pessoal. A saber: Lopilato e sua exportação de beleza feita em Bublé; Cid e seus amores rockeros; "China" Suárez e sua relação trincada com Nacho Viale para florecer logo em um romance renascido com Cabré, Kloosterboer e seu piloto do coração. Vetrano, ao contrário, está namorando há 2 anos "alguém que não é do meio, então não é necessário dizer seu nome".




(Não tão) Alargada
Aos sete anos, Candela participou dessa criação fantástica que foi Agrandadytos, conduzido por Dady Brieva. Quatro anos mais tarde –tinha apenas 11– trabalhou em Rincón de Luz, e ali começou uma carreira ascendente que não se deteve até hoje, sempre da mão dessa descubridora de talentos que foi? Cris Morena. Trabalhou em Floricienta, em Chiquititas e teve um papel fundamental em Casi Ángeles, onde interpretou Tefi. Graças ao programa formou parte dos Teen Angels, a banda musical que emergiu da ficção e com a que recorreu o país e o mundo ao melhor estilo beatlemanía.

E aqui radica uma das diferenças fundamentais com seus companheiros de trabalho e de camada atoral. Enquanto que os garotos e garotas surgidos do planeta Cris Morena abandonaram o mundo infantil e saltaram para a TV para os grandes em versão hot, Candela Vetrano escolheu permanecer no universo dos mais pequenos.

O tempo passou para os Casi Ángeles. "China" Suárez trabalha em Los Únicos, "Tacho" Riera dançou com Tinelli e agora está em Dulce Amor junto á Rochi Igarzábal, Peter Lanzani é um dos netos de Mirtha Legrand em La Dueña, Lali Espósito está gravando um filme junto a Mariano Martínez e Gastón Dalmau viajou a New York para profundizar seus estudos. Ou seja, público adulto.

Candela, pelo contrário, priorizou o contato com os mais pequenos. E um protagonismo, que aos 21 anos não é pouco. Seu personagem de Poli, essa adolescente super poderosa e –como seu nome o indica– super torpe com seu dom, calou fundo nas preferências dos mais novos, tanto que ela mesma se surpreende. "As crianças são muito puras, são distintos do público de Teen Angels. Meus companheiros da tira muitas vezes tinham que tirar as fãs de cima, literalmente. Ao contrário, os que assistam SuperTorpe muitas vezes não podem acreditar que estão me vendo. É como muito mágico para eles e sou eu que se aproxima nesses casos para cumprimentá-los. Ficam paralizados".
Consciente do que gera, a garota não se volta louca em meio ao fanatismo alheio. É jovem, mas leva recorrendo salões de canais e produtoras desde que tinha sete anos. Mais da metade de sua vida.

Nessa época ela idolatrava a Rainha Reech. Não perdia nenhum programa de Rainha em Cores; queria dançar e cantar. E conseguiu. "Quando era pequena meus pais me levavam todas as manhã desde Banfield a Martínez e depois iam trabalhar. Fizeram um sacrifício grande por mim e isso os vou agradecer sempre", se emociona, e revela que se mudou para viver sozinha no bairro de Palermo com o fim de evitar o tédio do trânsito e as distâncias. "Mas vou sempre na casa de meus pais para respirar. Passo um tempo com minhas irmãs, que são mais novas e gêmeas. Também trato de compartilhar tempo com meus amigos do colégio, porque o tempo vai passando e se um não busca ver o outro as relação se apagam".

Isso sim: o que destaca em relação com sua vida de menina/adolescente atriz é que nunca resignou nada de sua vida cotidiana. Amigos, escola, atividades. Levou uma vida normal. "Não fiquei em nenhuma matéria na escola", se gabou com inocência e encerra com uma típica: "Fui de viagem de formandos, fiz tudo o que tinha que fazer".
Oreirófila
Amante do artesanato, Candela Vetrano, pinta, tira fotos, desenha colares e sonha com ter sua própria marca de roupa. Quando lhe pergutam quem é sua referência, a quem ela gostaria de se identificar, responde sem pensar: "Natalia Oreiro". É que a atriz uruguaia, nova mãe de Merlín Atahualpa, resume o ideal de toda uma geração: linda, empreendedora, eclética, cool, criativa. Uma autêntica garota de 2000.

Candela Vetrano, assim como tantas outras, vê com bons olhos a carreira de sua colega. A eleição da esposa de Ricardo Mollo como referente não é casual. Uma menina que adorava Reech e suas comédias musicais e que conseguiu converter-se em heroína cantora e dançarina; uma jovem atriz que respeita a Oreiro e adora a fotografia e o design de moda. É bastante coerente. Nessa mesma forma, muitas garotas "sub 10" veem em Candela uma meta a alcançar.

A largo prazo pretende encher todos os passos mencionados, mas no dia-a-dia tem um trabalho concreto, que é sua Terceira Temporada como Poli Truper.
Com esse papel tem satisfação e exposição garantidas. Por esse motivo rejeitou ofertas para participar de outras ficções. É que o trabalho de heroína não deixa lugar a outras ocupações, mas lhe permite sonhar.

O desejo mais urgente de Candela Vetrano é fazer cinema. "Adoraria explorar essa possibilidade. É uma área que não conheço mas que me apaixona", disse ela.

É jovem. Apenas passou os 20 anos. Com quase 15 de trajetória televisiva, aquela garota que com voz aguda, a segurança de uma adulta e muitas careta confessou a Dady que levava um noivado de seis anos quando apenas tinha completado os sete é a mesma que fez delirar a adolescentes da América Latina e que hoje deslumbra os mais pequenos, que seguem ficando atordoados quando ela se aproxima para cumprimentá-los.
Fonte: TododeCris

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